
para: 2010
Resolvi voltar para o local do terremoto do Haiti, segundos antes do fatal acontecimento.
Não é para sofrer. É para tentar antever uma catástrofe que muda a vida de todos os envolvidos.
Estou dentro de uma igreja.
Cerca de 100 pessoas escutam atentamente a palestrante. Elas tem esperança nos olhos.
A palestrante, uma senhora com voz calma, sorriso abundante no rosto, olha todos e presta atenção à vida deles como se cada um fosse único.
A médica passa através de seus encontros, conversas, as ações necessárias para que tenhamos um mundo melhor.
O terremoto começa, os gritos, os passos desesperados procurando as portas, o destino, o fim. Sob os escombros da igreja, Zilda Arns deixa esse mundo repleto de realizações e caminhos a serem traçados pela humanidade.
A Pastoral da Criança, entidade ligada à Igreja Católica no Brasil está orfã.
Escapei por pouco das ruínas. A fome avança, mas vou procurar comida em outro lugar. Não ouso tirar dos sobreviventes.
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