
para: 1911
Parece que não consigo sair do lugar.
Pensei que a bateria da máquina temporal havia se esgotado, mas me lembro que o Prof. Manrat disse certa vez que a carga é feita a cada viagem realizada.
Outra possibilidade: alguma peça solta e a máquina ficaria presa nessa data. Até que não seria mal. Saí de um laboratório para cair em outro. Mas não é essa a intenção da minha vida.
Preciso conhecer outros lugares, outras pessoas.
Foi quando escutei um barulho suspeito atrás da minha poltrona de acesso.
Percebi que 3 pequenos roedores de luzes fluorescentes e olhos cada um de uma cor, escondiam-se dentro da máquina. Com certeza radioativos pelas experiencias de Marie Curie.
O peso excessivo faz com que a máquina não saia do lugar e permaneçamos no tempo.
Não hesitei.
Escolhi o mais gordinho e comi.
Matei a fome e diminui o peso excessivo.
Os outros dois ficaram me olhando com medo.
Na verdade, com pavor.
Melhor assim.
Mas vou levá-los juntos.
Serão meus companheiros de viagem.
E se der fome...
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